XVI Capítulo Provincial
XVI Capítulo Provincial
Onde: Butiatuba 27-31.10.2014
“Vai e reconstrói a minha Igreja!”
“Ser testemunhas de vida fraterna minorítica, penitente e contemplativa, vivendo e anunciando profeticamente Jesus Cristo e seu Evangelho, atentos aos sinais dos tempos e aos clamores dos excluídos, em comunhão eclesial, para edificar o Reino de Deus no Paraná e Santa Catarina”.
(Capítulo Provincial de 2011)
“Como irmãos dados uns aos outros pelo Senhor e dotados de dons diversos, acolhamo-nos mutuamente com coração agradecido”; “Caminhemos na humildade para aprender a ser irmãos, penetrados sempre pelo espírito de mútua compreensão e de estima sincera. Cultivemos entre nós o diálogo, confiando-nos reciprocamente as experiências e manifestando nossas necessidades” (Const. 89,1,3).
1. A Província São Lourenço de Brindes é uma Fraternidade composta de irmãos que buscam viver alegres, vibrantes e comprometidos conforme o carisma franciscano capuchinho. Observam-se, contudo, algumas dificuldades no relacionamento fraterno, resistência a transferências e preferência por lugares, o que provoca, por vezes, insatisfações e amarguras que podem e devem ser superadas.
2. O carisma da Ordem Franciscana é a observância do Evangelho, vivido em fraternidade e minoridade. Em razão disto, sonhamos ver os projetos fraternos priorizados em relação aos projetos pessoais. Sonhamos também com uma vida fraterna que testemunhe a unidade e o amor entre os frades vivendo mais plenamente o ideal evangélico.
3.. Cultivar sadio clima de confiança em si mesmo e confiança nos irmãos, valorizando a simplicidade, a transparência e a espontaneidade no convívio fraterno. Pôr em prática a entreajuda e a correção fraterna ou individual, como meio de superar concorrências impróprias, suspeitas, preconceitos, bem como a não aceitação de um irmão transferido de outra fraternidade.
4.. Celebrar os capítulos, retiros locais e reuniões semanais, segundo o Projeto Fraterno.
(Capítulo Provincial de 2014)
5.. Sendo a vida fraterna parte essencial do nosso carisma, dedicar-se com empenho para uma animação mais consistente em nossas fraternidades.
(Capítulo Provincial de 2011)
“Tenham um mesmo amor, uma só alma e os mesmos sentimentos (...) nada façam por espírito de partido ou vanglória, mas com humildade, considerando os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide não os seus próprios interesses e sim os dos outros” (cf. Fl 2,2-4).
6. Nota-se na Província amplo e crescente sentido de pertença, com otimismo, alegria e esperança, testemunho de vida e disponibilidade. Faltam, infelizmente, por parte de alguns irmãos amor à Província, vendo-a não como família.
7. Sonhamos com irmãos cada vez mais comprometidos com a Província que, honrando nossa história, saibam também responder aos desafios atuais com fé, coragem e ousadia.
8. Despertar nos irmãos o sentido de pertença à Província e à Ordem, de modo que não exista quem se sinta constrangido ou excluído.
9. Defender com palavra e exemplo, a Igreja, a Ordem e a Província, de interpretações e juízos apressados por parte de leigos e confrades.
10. Ler e refletir a vida de nossos santos e de nossos antepassados na Província, para que nos motivemos à luz de seus exemplos.
11. Divulgar e comentar todo o bem que se faz em nossa Província e quem o faz, para estímulo dos irmãos.
(Capítulo Provincial de 2011)
“Cultivemos, portanto, com máximo empenho, o espírito da santa oração e devoção, ao qual todas as outras coisas temporais devem servir, para nos tomar verdadeiros seguidores de São Francisco, que pareceu não tanto alguém que reza, mas um homem feito oração” (Const. 45,7).
12. Há na Província forte espiritualidade pessoal. Observam-se frades de fé e oração, com grande esforço na procura dos valores do Reino de Deus e na prática das virtudes seráficas, coerentes com a opção assumida.
13. Em algumas fraternidades a oração fraterna se reduzem à recitação de Laudes e a pessoal bastante frágil. Essa fragilidade fortalece a tentação do secularismo, consumismo e hedonismo. Os longos tempos dedicados à TV, internet e outros, refletem na qualidade da vida fraterna e pastoral.
14. Sonhamos, com um futuro próximo no qual os frades, sejam verdadeiros homens de Deus a exemplo de São Francisco e demais santos da Ordem.
15. Colocar em prática, uma verdadeira vida de oração, meditação e contemplação.
16. Valorizar as diversas modalidades da vida de união com Deus: a oração particular e comunitária, a adoração ao Santíssimo Sacramento e a “lectio divina”.
17. Tenha, cada fraternidade, um tempo diário de meditação e três momentos de oração comunitária.
(Capítulo Provincial de 2011)
“Cultivemos no povo de Deus o espírito e o incremento da oração, principalmente interior, pois este, desde o princípio, foi carisma de nossa Fraternidade de Capuchinhos e, como atesta a história, germe de genuína renovação. Por isso, empenhemo-nos com zelo em aprender a arte da oração e em transmiti-la aos outros” (Const. 55,6).
18. Nossa Província se propõe viver o carisma franciscano-capuchinho, como freis comprometidos com sua vocação, preocupando-se com a iniciação dos novos freis.
19. O nosso carisma é dos mais fecundos na Igreja, com muitos missionários disponíveis e prontos ao sacrifício, santos, beatos e veneráveis. Com a Igreja oferecemos o que ansiosamente o mundo busca, isto é, a fraternidade, o espírito de serviço, transparência, simplicidade, a paz e o bem.
20. Em nossa Província, não faltam igualmente o perigo do desinteresse e a indiferença pelos nossos valores. Isto, com frequência, nos condiciona sutilmente para o secularismo, o hedonismo e o materialismo, fazendo com que um carisma tão rico não encante a muitos jovens.
21. Criar uma Província apaixonada pelo carisma franciscano capuchinho, que resgate a nossa identidade de consagrados no Paraná e Santa Catarina.
22. Ter mais tolerância entre os frades, mais aceitação do irmão com seus valores e dificuldades e acreditar que somos uma fraternidade evangélica e não formada por afinidades humanas.
(Capítulo Provincial de 2011)
"... O frade menor é aquele que contempla sobretudo um Deus que se faz menor no presépio, na cruz e na Eucaristia, e que nunca perde de vista os irmãos e irmãs - sobretudo os mais pobres - e toda a criação ” (Vil CPO, 31).
23. Há frades que vivem a mística, sonham, discutem, apontam ideias, empenham-se em motivar a outros, buscam criar clima de unidade e de colaboração. Com estes, o novo vai surgir.
24. Sonhamos com a conversão profunda de todos os freis, para que haja mais motivação, mais entusiasmo, cultivo de valores franciscano- capuchinhos com alegria na missão provincial.
25. Acreditar e alimentar, na vida comunitária e particular, a experiência de Deus, de modo que, inseridos na realidade da Província e do mundo, reencontremos a alegria e o entusiasmo de nossa vocação.
26. Motivar a tomada de consciência de cada frei que necessita de conversão aos valores da nossa vida: oração, fraternidade, minoridade, conselhos evangélicos, alegria... uma profunda conversão ao carisma franciscano-capuchinho.
27. Aprofundar o nosso modo minorítico de estar no mundo, comprometidos com os pobres, inspirados nos valores dos nossos antepassados.
28. Focar, na iniciação à nossa vida e na formação permanente, a vida consagrada capuchinha.
(Capítulo Provincial de 2011)
“É notável o envelhecimento e a diminuição da Província. Então me pergunto se não chegou o momento de programar o redimensionamento das presenças para salvaguardar os valores da nossa vida e do carisma. Dando este passo, terão condições de redimensionar algumas fraternidades que já não o são pelo reduzido número de freis. Creio que este é um dos desafios que vocês têm pela frente e deve ser encarado já no próximo Capítulo Provincial” (Carta de conclusão da Visita Pastoral 2010 do Ministro Geral).
29. Em nossas comunidades o povo é bem atendido. Bênçãos e confissões são dois pontos fortes da vida provincial e que, para muitos, identificam o frei Capuchinho.
30. Contudo, é bom lembrar que a Província vai envelhecendo e diminuindo em número. A pastoral e outros apostolados se ressentem disso. Constata-se também a diminuição de candidatos à nossa vida capuchinha. De mais a mais, alguns bispos se propõem assumir algumas de nossas paróquias.
31. Sonhamos com uma Província de frades convictos, dedicados e operosos, próximos aos excluídos e necessitados.
32. Sonhamos com frades fiéis e observantes da pobreza, da obediência e castidade, com grande espírito de fé, esperança, caridade, oração e contemplação.
33. Redimensionar nossas fraternidades de modo compatível com o número disponível de frades para fortalecer a vida fraterna, deixando alguns lugares que não comportem uma fraternidade e reforçando nossa presença enquanto capuchinhos.
34. Dar continuidade ao trabalho missionário popular.
(Capítulo Provincial de 2014)
35. Comprovada a necessidade de entregar algum lugar, o Conselho Provincial, durante o triénio, reflita e estude com a Secretaria de Vida Apostólica e Pastoral e o execute.
36. A Província deve trabalhar unida para marcar suas atividades de características capuchinhas no atendimento ao povo de Deus, buscando a maior garantia possível nas seguintes comunidades: Paróquia Nossa Senhora da Conceição em Almirante Tamandaré-PR (1927), Paróquia São Paulo Apóstolo em Capinzal-SC (1936), Paróquia Imaculada Conceição em Ponta Grossa-PR (1947), Paróquia São Lourenço Mártir em São Lourenço do Oeste-SC (1949), Paróquia São Francisco de Assis em Umuarama-PR (1961), Paróquia Nossa Senhora da Luz em Curitiba-PR (1968), Santuário São Leopoldo Mandic em Curitiba- PR (1982), Paróquia São Francisco de Assis em Foz do Iguaçu-PR (1994) e Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Jardim Igapó em Londrina- PR (2000). Lugares que são propriedades da Província: Fraternidade Santo Antônio de Pádua em Butiatuba, município de Almirante Tamandaré- PR (1935); Antigo Seminário e o Santuário do Senhor Bom Jesus da Cana Verde em Siqueira Campos-PR (1920). Convento e Igreja Nossa Senhora das Mercês em Curitiba-PR (1925), Convento Bom Jesus em Ponta Grossa-PR (1961) e Igreja Bom Jesus em Ponta Grossa-PR (1966), Igreja Santíssima Trindade em Florianópolis- SC (1962), Igreja São José Operário em Céu Azul-PR (1964), Escola Vocacional frei Ricardo de Vescovana em Céu Azul-PR (1966) e Cúria Provincial em Curitiba-PR (1980);
37. Otimizar nossa presença franciscana capuchinha na Igreja Imaculada Conceição de Ponta Grossa- PR, tomando-a um centro de bênçãos, confissões, entreajuda e atendimento ao Povo de Deus.
38. O Conselho Provincial com a Secretaria de Vida Apostólica e Pastoral faça reflexão profunda sobre a experiência nas paróquias que são atendidas pelos freis na Diocese de Rio do Sul-SC em relação à Vida Fraterna, às vantagens pastorais, ao carisma e ao atendimento ao povo de Deus, bem como, à presença em Santa Catarina.
39. O Conselho Provincial, através da Secretaria de Vida Apostólica e Pastoral, faça um levantamento que deixe claro quem se sinta inspirado pelo Espírito Santo para alguma nova frente de trabalho. Diante dos dados concretos, o Conselho Provincial discuta a viabilidade e, em consulta aos frades, ou em assembleia, busque a execução.
(Capítulo Provincial de 2011)
“Sob a autoridade suprema do Sumo Pontífice, na Ordem são superiores com poder ordinário próprio: o ministro geral em toda a Ordem, o ministro provincial em sua província, e o superior local ou guardião em sua fraternidade” (Const. 122,1).
40. O Governo Provincial esforça-se no diálogo, respeito e cuidado com o bem material e espiritual dos freis, no desempenho de sua missão e em acompanhar a aplicabilidade das propostas aprovadas e assumidas em Capitulo.
41. A Província sonha com frades genuínos, alegres, que amem e se orgulhem da Província que os gerou. Que os freis sejam valorizados e respeitados e que, por sua vez, respeitem e valorizem o governo provincial.
42. Respeitar e valorizar a missão do Ministro Provincial como o irmão encarregado, segundo São Francisco, de cuidar de seus irmãos.
43. Colaborar com o Ministro Provincial na solução dos impasses da fraternidade provincial.
44. É compromisso do Ministro Provincial e seu
Conselho:
a) animar, entusiasmar e corrigir os guardiães e os demais irmãos mediante presença afetiva e efetiva nas fraternidades, especialmente nas casas de formação, conversando com formadores e formandos;
b) coordenar o estudo relativo a lugares que não comportem uma fraternidade e que poderíamos deixar;
c) dialogar com os Bispos quanto à divisão ou entrega de paróquias, com o apoio da Fraternidade Provincial;
d) manter a coesão do Conselho Provincial, acompanhar o trabalho das secretarias, iluminar o papel de cada uma delas, zelar pela unidade e complementaridade entre as mesmas.
e) Recordar aos freis que as decisões capitulares, sendo promulgadas para todos, não são apenas ocupação do governo e secretarias, mas sério empenho de toda Província.
f) Dar continuidade a todas as atividades, seja a curto, médio, ou longo prazo, independentemente deste ou daquele governo.
g) Recordar as decisões capitulares mediante o Boletim Informativo, reuniões de setores, visitas dos superiores.
45. Dirijam-se os frades para o Capitulo Provincial considerando-se transferidos, ainda que devam aguardar a disposição do novo governo.
Prioridades:
1. Cada fraternidade elabore seu Projeto Fraterno no primeiro Capítulo Local com o acompanhamento do Governo Provincial, de comum acordo com a agenda do mesmo, até o final de março de cada ano, considerando os seguintes aspectos: espiritualidade, vida fraterna, estudo, apostolicidade e outros.
2. O Governo Provincial redimensione nossas fraternidades ao longo do triénio com o mínimo de três freis para fortalecer a vida fraterna, possibilitando outras maneiras de manutenção.
(Capítulo Provincial de 2011)
“Promovamos diligentemente as diversas formas de iniciativas pastorais em prol das vocações, especialmente nos ambientes mais afins ao espírito de nossa Ordem, tendo presente que os resultados serão melhores quando houver frades especificamente encarregados de promover e coordenar a animação vocacional. Mas todos os frades devem prestar sua colaboração, como sinal de fecundidade da vida franciscana” (Const. 17,4).
46. A crise vocacional atinge também nossa Província. A escassez de vocações se faz sentir. Somos tentados a perguntar sobre o que está acontecendo. Em que ou no que devemos mudar, melhorar, suprimir. Talvez falte a mística, o entusiasmo que brota da comunhão com Deus e dinamiza o carisma. O fazer, sem mística, é ativismo vazio de Deus, que cansa e desanima.
47. Falta em nossa Província algo que encante os vocacionados, outros campos de trabalho junto aos leprosos de nosso tempo: dependentes químicos, portadores de HIV, etc...
48. Se é certo que a Ordem é dom de Deus feito à Igreja, não faltarão vocações. Talvez, “tenhamos perdido a visão do nosso ponto de partida” (Sta. Clara).
49. Priorizar o trabalho da animação vocacional mais criativo, direto, ousado, utilizando meios modernos de comunicação, com maior estabilidade dos responsáveis, com melhor conhecimento da realidade, com estratégias traçadas, metas e decisões tomadas.
50. Recordar que o serviço vocacional é missão pessoal e fraterna, intimamente ligado ao Espírito do Senhor, alma da Igreja e da Ordem. Todo Frei torne-se animador vocacional com seu testemunho de vida.
51. Abrir, onde for possível, as nossas casas para o acolhimento de jovens que venham viver conosco para nos conhecer.
52. Priorizar um profundo processo de conversão para os valores da nossa vida, despertando assim novas vocações e curando as causas e não apenas aliviando os sintomas.
(Capítulo Provincial de 2011)
“Aqueles que são admitidos à Ordem devem ser iniciados e progressivamente introduzidos na vida evangélica e franciscana. Para o desenvolvimento desse caminho de iniciação, sejam oferecidas aos candidatos, sob a orientação dos formadores, as necessárias experiências e conhecimentos” (Const., 26,1).
53. A iniciação à nossa vida sempre foi, é e será desafiadora. Hoje é ainda mais complexa devido as realidades que nos cercam.
54. A Província tem respeitável organização com boa estrutura, bom diretório e freis aptos a transmitir a forma de vida capuchinha, porém, falta-nos uma pedagogia franciscana mais apurada que favoreça a transmissão adequada dos valores do carisma e o acompanhamento personalizado.
55. Entre a formação permanente e a inicial existe reciprocidade e mútua influência. Os jovens aprendem da experiência dos mais idosos e estes aprendem do entusiasmo e audácia dos mais novos.
56. Constata-se o contratestemunho de coirmãos apáticos, pouco empolgados. Não se pode contar cem por cento com todos.
57. Sonhamos com uma Província rejuvenescida, inserida num processo de conversão e profunda experiência de Deus, com frades felizes e comprometidos com a animação vocacional, a formação inicial e permanente.
58. Conscientizar-nos de que os bons resultados não são frutos imediatos da ação formadora. Neles incidem a história familiar, a personalidade do formando, o meio social vivido, formação e ambiente religioso anterior e a graça divina.
59. Dar ênfase à conversão pessoal, ao carisma próprio da Ordem, ao cultivo da vida de oração, de estudo e trabalho, na transparência de vida e na idoneidade natural para a vida fraterna.
60. Reabrir, se necessário, as escolas vocacionais onde adolescentes possam cursar o ensino médio e cultivar sua vocação com o acompanhamento de mestres preparados e dedicados.
61. Analisar com critério as vocações tardias além dos 30 anos e as vocações de candidatos com curso superior, em andamento ou concluído: cada caso, um caso.
(Capítulo Provincial de 2011)
“A formação permanente é o processo de renovação pessoal e comunitária e de coerente atualização das estruturas e atividades, para nos tomar idôneos a viver constantemente nossa vocação segundo o Evangelho na realidade concreta de cada dia” (Const. 41,2).
62. Na Província existem frades que se dedicam com seriedade à própria formação permanente: estudam, leem, escrevem, se atualizam e acompanham as mudanças do mundo; levam a sério o capítulo local, reuniões da fraternidade, orações particular e comunitária, cursos e retiros; valorizam assim a formação que receberam. Estes ousam sonhar, discutir, apontam ideias, criam clima de unidade e colaboração. A Província pode contar com eles.
63. Desejamos freis dedicados, com personalidade madura, equilibrada, verdadeiros homens de oração e amantes da Palavra de Deus. Freis interessados em conhecer e viver cada vez mais o carisma, a mística, a missão e a espiritualidade da Ordem.
64. Promover a formação permanente, incentivando a leitura de bons livros, os capítulos locais, cursos de atualização em dois grandes grupos, reuniões de setor, ao menos duas vezes ao ano e reuniões semanais da fraternidade.
65. Promover a participação em cursos e encontros também fora da Província: CCB, CRB, FFB, CNBB. Aproveitar de outras modalidades úteis à nossa vida, propostas por diversas instituições.
66. Manter a prática dos retiros contemplativos, em silêncio, para grupos pequenos e um grande.
(Capítulo Provincial de 2014)
67. O Conselho Provincial tome conhecido a todos os freis, através dos setores e fraternidades, o Projeto de Formação Inicial.
68. Avaliar o intercâmbio formativo do Postulantado e Noviciado entre a Província e a Custódia.
69. Deixar claro para quem vai fazer curso de especialização: aonde, o quê, por quê e para quê vai estudar;
70. O Conselho Provincial programe, com as Secretarias, como atualizar melhor os freis para o serviço ao povo de Deus, através do atendimento, orientação espiritual e confissão.
III - POBREZA, ADMINISTRAÇÃO DOS BENS E ECONOMIA
(Capítulo Provincial de 2011)
“A adesão ao ideal evangélico da pobreza requer a disponibilidade no amor e a conformidade com Cristo pobre e crucificado, que veio ao mundo para servir” (Const. 61,3).
71. Possuímos bens materiais e patrimoniais suficientes, com administração transparente. Os frades estão contentes com o andamento dos projetos que visam futura renda de manutenção. Boa parte de nossos bens está a serviço dos idosos e doentes, que são cuidados com muita dedicação e carinho.
72. Propomo-nos seguir o testemunho de nossos fundadores e primeiros frades, buscando o autossustento pelo trabalho, o não acúmulo de bens supérfluos, a partilha com os pobres, prática do caixa comum, colaboração com o Paraguai e com a Cúria Geral.
73. Reconhecemos porém a existênciade falhas diante da opção de “viver com o mínimo necessário”. Há contradição entre o ideal escrito e as estruturas que moldam nosso jeito de ser e de viver. A tentação do consumismo e de criar necessidades supérfluas é grande, tais como: aquisição de “eletrônicos” de última geração, viagens com a desculpa do patrocínio de amigos, a busca do bem estar em primeiro lugar, a acomodação e a burguesia, perdendo a noção do limite.
74. O grande sonho é que a pobreza exterior dos freis seja sinal da interioridade de cada um. A Província sonha viver na simplicidade franciscana com alegria, humildade, com fraternidades compartilhando seus bens entre si, sem luxo e sem criar necessidades dispensáveis porque, “o pouco com Deus é muito”.
75. A Província sonha com frades pobres e contentes que colaborem com seus projetos de autos sustento.
76. Elaborar um plano especificando ações solidárias a serem assumidas por toda a Província e fraternidades. Cobrar mais austeridade no uso dos recursos da fraternidade. Ver o que dificulta o testemunho e a vida fraterna comprometida com a realidade do povo pobre.
77. Superar a atração do prazer, do poder e do ter, dialogando, concretamente, com a fraternidade ou com os superiores sobre os bens a serem adquiridos.
78. Possibilitar a especialização de freis em economia para garantir uma boa administração financeira.
79. Dar continuidade aos projetos para Butiatuba.
80. Mediante diálogo com o Governo Provincial, cada fraternidade passe o excedente do caixa local para o caixa central da Província.
(Capítulo Provincial de 2014)
81. Incluir no período formativo noções e práticas de economia e administração.
82. O Conselho Provincial estabeleça um valor fixo das entradas dos aluguéis da Província para a Promoção Social.
83. A Secretaria de Economia e Serviço Fraterno da Província continue com assessoria profissional.
84. Motivar os freis na busca de recursos econômicos para a Província como manifestação de amor e solidariedade à mesma, sem avidez;
85. Os freis conservem a austeridade, o espírito de pobreza e a transparência em nível provincial, fraterno e pessoal.
86. A Província continue atuando com projetos para seu autossustento e solidariedade com os pobres.
(Capitulo Provincial de 2011)
“Brilhe neles o zelo da santidade de Deus e a sua misericórdia, o respeito pela dignidade das pessoas, a caridade, a paciência e a prudência” (Const. 152,2).
87. A Província do Paraná e Santa Catarina é detentora de uma história marcada pela missionariedade, com edificantes testemunhos de presença e trabalho. Com satisfação se constata que a maioria dos freis assume com amor e grande generosidade os trabalhos a eles confiados pela Província, tanto nas atividades pastorais nas paróquias como nas missões populares e outros.
88. Infelizmente, existem os acomodados, que realizam trabalhos pastoral medíocre, sem considerar as orientações e exigências atuais da Igreja e nem as urgentes necessidades do povo de Deus. Existem também, ainda que em menor número, os que se deixam envolver pelo consumismo do mundo atual, onde o dinheiro é um dos grandes fascínios. O próprio trabalho pastoral acaba prejudicado pelo exagerado interesse econômico e a demasiada preocupação com as coisas materiais.
89. A Província sonha com freis que assumam sua atividade apostólica, dentro ou fora de nossa circunscrição, com empenho e dedicação, junto a colaboradores, aos quais devem prestigiar e valorizar, formando com eles verdadeiras comunidades;
a) freis que se tornem testemunho de vida evangélica com garra, generosidade, desapego, desinstalação e espírito missionário, saindo de ambientes cômodos e indo ao encontro dos leprosos de hoje. Por isso mesmo, as comunidades mais carentes mereçam especial atenção por parte dos irmãos onde possam converter-se em verdadeiros testemunhos desse amor evangélico;
b) freis que busquem o bem da Igreja e sejam sinal de esperança e bem preparados nas áreas pastorais necessárias, com ousadia e coragem.
90. Desenvolver o serviço pastoral de modo fraterno e não personalista, valorizando e seguindo as orientações da diocese e mantendo, ao mesmo tempo, fidelidade ao carisma capuchinho.
91. Os freis estejam conscientes de que, para realizar a sua missão, terão que utilizar recursos que ajudem a testemunhar o carisma capuchinho. Para tanto, serão necessários meios adequados. Eis alguns:
a) viver com humildade, mas também com alegria, a sua consagração religiosa, sentindo-se responsável pela Província e testemunhando o carisma que vive;
b) ter coragem de deixar lugares que não comportam uma fraternidade constituída, sempre com respeito ao povo de Deus e entendimento com as autoridades diocesanas;
c) assumir trabalhos que evidenciem a minoridade franciscana, aonde outros de preferência não iriam;
d) possibilitar o intercâmbio com outras circunscrições capuchinhas, oferecendo e solicitando parcerias nas várias atividades;
e) envolver os frades no atendimento, na acolhida, nas confissões, na entreajuda em centros de maior afluência de fiéis, de acordo com a disponibilidade numérica;
f) possibilitar um encontro anual dos freis que atuam em paróquias para maior integração, troca de experiências e formação;
g) programar nos projetos de fraternidade as atividades apostólicas mais condizentes com nosso carisma: atenção ao povo, escuta e confissão, enfermos, pobres e necessitados;
h) possibilitar a continuidade-sintonia das atividades pastorais e administrativas;
i) apoiar e incentivar a OFS-JUFRA, onde existem e favorecer, com orientação do Ministro Regional a fundação de novas fraternidades (2002);
j) planejar, viabilizar e avaliar as ações apostólicas em fraternidade (1999), nos capítulos locais ou noutras reuniões apropriadas;
k) continuar a experiência missionária interprovincial e com a Custódia do Paraguai;
92. Fortalecer o grupo de pesquisas e animação bíblica da Pastoral investindo na formação de outros freis.
93. Equipe Missionária:
a) Que a equipe tenha ao menos cinco freis, se possível, aumentá-la;
b) Que os pós-noviços continuem fazendo estágio na equipe;
c) Possivelmente a presença de freis com mais idade;
d) Na medida do possível os neo sacerdotes façam parte da equipe.
(Capítulo Provincial de 2014)
94. A equipe missionária tem sua razão de existir e deve adequar-se à realidade onde é chamada a atuar.
95. O Secretariado das Missões trabalhe como motivador, despertando o interesse missionário nos frades; seu objetivo e função sejam estudados nas fraternidades e setores durante o triénio.
96. Viabilizar a praticidade dos Princípios de Vida Apostólica, elaborados durante o triénio (2011- 2014).
97. A Província ajude concretamente as missões, tanto com recursos humanos como financeiros.
98. Organizar em dias diferentes, o “dia anual das bênçãos aos motoristas e veículos”, nas fraternidades das Mercês, Santuário São Leopoldo em Curitiba-PR e Paróquia Imaculada Conceição em Ponta Grossa-PR; os recursos provenientes dessas bênçãos sejam da Província.
SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL
(Capítulo Provincial de 2011)
“Por isso, todos, a começar pelos ministros e as fraternidades, tenhamos o diligente cuidado em discernir e favorecer as vocações autênticas, sobretudo pelo exemplo de vida, pela oração e pela palavra, mas também pela proposta vocacional explícita” (Const 17,3b).
99. Somos uma Província detentora de muitos valores. Somos estimados pelo povo, com presença e atividades diferenciadas nas várias dioceses onde atuamos. Nota-se entre os freis boa motivação vocacional, ótima convivência fraterna, boa vontade e espírito de luta, companheirismo e colaboração mútua. Há também freis que vão levando a vida sem muito interesse pelo carisma franciscano capuchinho.
100. Temos consciência de que estamos atravessando uma fase de forte crise vocacional. Nota- se acentuada diminuição no número dos vocacionados ao nosso estilo de vida, apesar do grande empenho e ousadia de muitos freis no serviço de animação vocacional. O próprio Serviço de Animação Vocacional na Província é bem organizado, embora se perceba certa desmotivação e falta de criatividade em alguns regionais e fraternidades.
101. Queremos ser uma Província de freis realizados vocacionalmente, retomando os grandes valores da vida capuchinha, tais como espírito de oração, contemplação, pobreza, simplicidade, austeridade, alegria, bom relacionamento fraterno e proximidade áo povo.
102. Priorizar o trabalho vocacional na Província, com freis que tenham aptidão para trabalhar nos regionais vocacionais e fraternidades, com tempo disponível e condições necessárias.
103. Assumir com empenho o carisma e testemunhá-lo com alegria, agindo com corresponsabilidade vocacional, revendo a nossa maneira de viver a fé e o franciscanismo, rezando particular e comunitariamente pelas vocações capuchinhas e assumindo o desafio vocacional como missão pessoal.
104. Conscientizar as famílias para que tenham bom conceito sobre a vida consagrada e rezem pelas vocações.
105. Apresentar mais a dimensão missionária da vocação capuchinha.
106. Realizar animação vocacional direta e ousada, com criatividade, utilizando-se dos modernos recursos, como, internet e convidando pessoalmente os jovens.
107. Intensificara animação vocacional entre os jovens e adolescentes onde os freis vivem, através de convite pessoal, grupos vocacionais e coroinhas.
108. Priorizar e promover o SAV em cada uma de nossas fraternidades.
109. Possibilitar ao Conselho Vocacional e Animadores Vocacionais a viabilização do projeto PROVOCAR, apresentado na Assembleia Pré-capitular.
Prioridade:
1. Assumimos o desafio de despertar, em cada regional vocacional, no mínimo, dois vocacionados ao ano de modo que as entradas anuais nas fraternidades formadoras somem vinte aspirantes. Realizem-se dois encontros vocacionais por paróquia-fratemidade e um por regional durante o ano. O responsável será o animador vocacional da fraternidade e do regional vocacional, acompanhado pelo Coordenador Provincial do SAV.
(Capítulo Provincial de 2014)
109. Assumir o desafio de despertar em cada fraternidade dois vocacionados ao ano.
110. Continuar com o projeto PROVOCAR.
111.0 Animador Vocacional da Província seja liberado exclusivamente para este trabalho.
(Capítulo Provincial de 2014)
112. Promover, no triénio, reciclagens sobre as novas Constituições e sexualidade humana (abusos sexuais de menores e adultos vulneráveis, duplicidade de vida, homofobia), na linha da psicologia, parapsicologia, teologia moral e jurídica;
113. Viabilizar, no próximo triénio, um projeto que inclua lugar, organização e funcionamento do Centro Histórico e Museu.