Necrologia

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Frei Honorato Giovanni Saccardo

30/01/1930
03/05/1995

30.01.1930 - Thiene/Itália
03.05.1995 - Luanda/Angola

Frei Honorato era filho de Miguel Saccardo e Maria Tisato. Nasceu em Thiene (Vicenza, Itália), aos 30 de janeiro de 1930.

Seu ingresso ao seminário capuchinho foi aos 23 de setembro de 1941, em Rovigo (Itália), quando seu diretor era Frei Bernardino de Cittadella. Por causa dos perigos da segunda guerra mundial, teve que terminar o seminário indo para Verona, Veneza e novamente para Rovigo.

Sua vestição foi em Bassano del Grappa, aos 14 de agosto de 1948, tendo como mestre de noviciado Frei Luquésio de Mezzalira. Ao término do noviciado emitiu seus votos temporários (15.08.1949) e, aos 12 de outubro de 1952, os perpétuos em Pádua, sendo Ministro provincial Frei Zacarias de São Mauro. Recebeu a ordenação sacerdotal no santuário de Nossa Senhora do Olmo, em Thiene, sua terra natal, aos 23 de setembro de 1955, das mãos do bispo capuchinho Dom Jerônimo Bortignon.

Com circular de 1957, os superiores da Província de Veneza procuravam voluntários para o trabalho missionário no Brasil e na Angola. Frei Honorato logo se apresentou como candidato, tendo recebido carta obediencial aos 15 de junho de 1957.

Com outros três missionários capuchinhos, embarcou aos 2 de julho de 1957 no navio Conte Biancamano. Desembarcou (18.07.1957) e, por via aérea, chegou em Curitiba aos 21 de julho do mesmo ano, com seus confrades: freis Pedro Luiz Scarpa de Veneza, Tiago de Campolongo e Miguel de Loreggiola.

Inicialmente (1957) trabalhou como professor de italiano no seminário Santa Maria, em Engenheiro Gutierrez, Paraná. Em 1958, foi transferido para Cruzeiro do Oeste, Paraná, como vigário paroquial. Nos anos de 1958 e 1960, retornou à formação, como reitor do seminário de Butiatuba, Paraná. Em 1961 foi destinado à fraternidade de Umuarama, donde em 1963 passou para Siqueira Campos. Retornou á Umuarama como pároco de 1994 a 1966. Exerceu o ministério paroquial em Céu Azul, como pároco (1966-1967) e, em Londrina (1968-1969). Em São Lourenço do Oeste, Santa Catarina, atuou como vigário paroquial (1970-1977). Em seguida, foi convidado ajudar os capuchinhos no Alto Solimões, no Amazonas, tendo trabalhado em Benjamim Constant, Marco, Tocantins, São Paulo de Olivença, Amaturá, Belém dos Solimões (1971-1973). Regressando à Província continuou suas atividades em São Lourenço do Oeste.

Nos anos de sua presença na Província, levou avante muitas obras materiais: igreja de São Francisco em Umuarama até à metade do reboque; continuou as igrejas de Mandaguaçu e de Londrina; construiu as casas paroquiais de Pérola do Oeste, Alto Piquiri, Icaraíma; as capelas de Pérola do Oeste, Alto Piquiri, São João, Iracaríma, Xambrê, Perobal, Altônia, Paulistânia, Brasilândia, água das Areias, água dos Andrades, São Silvestre, Douradina, Serra dos Dourados, São Sebastião (Cruzeiro do Oeste),Estrada Vermelha, Ivaté, Copacabana, Gleba 2, Nossa Senhora das Graças, Jacutinga, Novo Horizonte, Santa Inês, Planalto, São Sebastião (São Lourenço do Oeste), Nova Farroupilha, Turvo Baixo, Linha Filippin, Plataneia, Nossa Senhora da Salette, Ouro Verde, Lajeado Grande, Aroio do Matão, São Roque, Linha Amazonas, Santa Terezinha, Monjolinho, Cochilha Rica, Linha Prata, Duque de Caxias, Linha Saudade, Santos Dumont, Bocaina. Em Santo Antônio da Platina continuou a construção de diversas capelas.

Em 1978 fez parte da equipe missionária e, em seguida, foi para Santo Antônio da Platina, onde permaneceu até início de 1981 como vigário paroquial. Mas, no mesmo ano, foi enviado para Rio Branco do Sul, Paraná, onde permaneceu até o final do ano.

Em sua última visita à Província de Veneza, aconselhou-se com os superiores sobre seu projeto de regressar à Itália. Após os necessários entendimentos entre as duas Províncias, Frei Honorato retornou definitivamente à Província de Veneza aos 30 de junho de 1982.

De volta à sua Província, foi-lhe confiado o difícil e delicado ministério da Reconciliação, num primeiro tempo em Thiene e durante os últimos dez anos em Pádua, naquele que foi o lugar santificado pela presença de São Leopoldo Mandic, e pelo seu predecessor Frei Guilherme Vidoni de Magredis que, por muitos anos, viveu no Paraná e Santa Catarina. Religioso de vida austera, tornou-se confessor iluminado e muito procurado pelos leigos, sacerdotes e religiosos que diariamente freqüentam aquele Santuário capuchinho.

Os superiores vênetos o enviaram para a Angola aos 30 de março de 1995, quando contava com 65 anos de idade. Seu pensamento e recordações estavam dirigidos ao longo trabalho missionário desenvolvido no Brasil, com vontade de inserir-se neste ambiente, novo para ele.

Enquanto esperava para ir à sua fraternidade de Lubango, foi-lhe pedido que ajudasse na Semana Santa em Camabatela. Ali reviveu o cansaço do missionário, mas a idade, as forças, a saúde já não eram as do jovem que, talvez, pensava ser. Celebrou 200 batizados, ouviu muitas confissões. Passou dias em intensa atividade, revivendo as emoções do Brasil. Mas, não contava com o traiçoeiro paludismo.

Na manhã de 21 de abril de 1995, ao tomar o café da manhã, desmaiou. Socorrido prontamente, foi levado urgentemente a Uíje. Seu estado de saúde apareceu grave. Por isso, foi transportado para Luanda, onde se diagnosticou malária cerebral. Seu estado piorou e, aos 30 de abril, foi acometido de uma paralisia. Surgiram problemas com o fígado com hemorragia no estomago. Faleceu na madrugada de 3 de maio de 1995.

Na missa exequial, em Luanda (Angola) estavam presentes dez bispos, 46 sacerdotes e muitos religiosos, religiosas e leigos. O bispo capuchinho Dom Frei Pedro Luís Scarpa, que pertenceu ao mesmo grupo missionário ao Brasil, fez o elogio fúnebre de seu confrade.

Por vontade dos familiares, o corpo de Frei Honorato foi tansladado para a Itália, onde houve missa exequial em Pádua (15.05.1995), com a presença dos freis de nossa Província que se encontravam em Roma. A última saudação fúnebre ocorreu em Thiene no Santuário de Nossa Senhora do Olmo, onde ele tinha nascido e onde desabrochou sua vocação religiosa. Repousa no jazigo de seus familiares.

Frei Ézio EgÍdio Daminato de Galliera VÊneta

14/05/1916
04/05/1984

14.05.1916 - Galliera Vêneta/Itália
04.05.1984 - Thiene/Itália

Frei Ézio nasceu em Galliera Vêneta (Itália) aos 14 de maio de 1916. Entrou no Seminário de Rovigo em 1926. Foi admitido ao noviciado aos 21.07.1934 em Bassano del Grappa, onde também emitiu sua primeira profissão em Bassano aos 22.07.1935. Durante seus estudos filosóficos e teológicos emitiu a profissão perpétua no dia 15.01.1939 em Údine diante do ministro provincial Frei Jerônimo Bortignon de Fellette. Era um jovem humilde, trabalhador, criativo, com muita espontaneidade para os atos de piedade e devoção. Como era muito serviçal, desde o tempo de seminário foi encarregado de ser o enfermeiro.

O cardeal patriarca Dom Giovanni Piazza ordenou-o sacerdote na igreja de Nossa Senhora da Saúde, em Veneza, aos 6 de julho de 1941. Iniciou sua atividade pastoral durante a última guerra mundial. Esteve em diversos lugares e logo se manifestou sua tendência de uma ação apostólica capilar, pessoal, rica de calor humano. De 10 de agosto de 1949 a 12 de novembro de 1951 esteve em Longarone como capelão dos operários que construíam a grande usina elétrica de Soverzene. Muitos dos operários eram contra os padres e, segundo uma sua carta, chegavam até 95%. Apesar desse ambiente hostil, conseguia organizar as comunhões pascais com bons resultados. Para atrair esses operários criou uma biblioteca ambulante, projetava filmes didáticos, organizava passeios e peregrinações e até visitas ao papa Pio XII.

Trabalhou também em Capodístria (1942-1944), Belluno (1944-1947), Villafranca (1947-1948), Rovigo (1948-1949), Veneza (1951-1954), Verona (1954-1956), Cagli em Pésaro no Centro Missionário (1956), Conegliano (1957-1960), Thiene como superior e diretor do seminário (1960-1963), Gorizia (1963-1966) e Veneza (1967-1969).

Exerceu o cargo de guardião em Thiene (1963-63), em Gorizia (1963-66) e auxiliou como vigário paroquial em Veneza (1951-54, 1974-1975).

Depois destas e outras atividades na Província de Veneza, os superiores lhe pediram que fosse à nova Província do Paraná e Santa Catarina, no Brasil. Partiu da Itália aos 15 de fevereiro de 1969, chegando no Paraná aos 24 do mesmo mês. Trabalhou em nossa Província de 1969 até 1974. Passou o primeiro ano aprendendo a língua portuguesa vivendo no convento Bom Jesus e na paróquia de Oficinas em de Ponta Grossa e em Butiatuba. De 1970 até seu retorno definitivo à Itália trabalhou sempre na paróquia de Santo Antônio da Platina onde foi vice-superior e vigário paroquial.

Durante sua vida ajudou em 60 missões populares e pregou 20 retiros para religiosas.

Quando começou sofrer de problemas cardíacos, os superiores julgaram melhor que retornasse à Província de Veneza, que pretendia substituí-lo por outro frade. Por isso, voltou à Itália aos 27 de abril de 1974. Além de tratar-se de sua doença, desenvolveu diversas atividades em conventos da Província vêneta.

Sempre conservou em seu coração o calor humano que encontrou no Brasil. Se a saúde o tivesse permitido, teria ficado mais em nossa Província. Em uma carta ao Ministro provincial do Paraná e Santa Catarina (15.01.1975), assim escrevia: "Meu coração chora ao lhe escrever isto. Se me tivessem enviado no belo Brasil uns 20 anos antes, não teria tido problemas".

Após seu retorno definitivo à Itália, trabalhou nos seguintes lugares: Veneza no hospital civil (1974-1975), Mirano (Veneza) como capelão do hospital (1975-1981), em Paderno del Grappa como assistente espiritual (1981), Thiene (1981-1982); retornou a Mirano como capelão mas adoentado (1982-1984). Mesmo doente e até com dificuldade para caminhar, continuava a atender os doentes desse hospital. Finalmente, se entregou.

Nos últimos meses sofreu muito por causa de um câncer nos ossos. Desejou morrer no mesmo convento onde iniciou a vida capuchinha, isto é, em Bassano del Grappa. Neste lugar faleceu às 23h15 de 4 de maio de 1984, sendo sepultado em Thiene no dia 7 do mesmo mês.

Frei Lourenço Kachuba

20/02/1925
04/05/2010

* 20.02.1925 – Curitiba/Pr

† 04.05.2010 – Butiatuba/Pr

Frei Lourenço (Brasilino) Kachuba, era filho Casimiro Kachuba e de Genoveva Dugonski Kachuba. Nasceu aos 20.02.1925 em Curitiba, sendo batizado na igreja Bom Jesus, em Curitiba-PR, por frei Hugolino, OFM. Foi crismado pelo arcebispo de Curitiba, Dom Ático Eusébio da Rocha aos 20.05.1943. Recebeu a primeira eucaristia das mãos de frei Inácio Dai Monte aos 6.1.1938, em nossa igreja Nossa Senhora das Mercês, Curitiba-PR.

Entrou no Seminário Santo Antônio, em Butiatuba, aos 28.05.1938, onde concluiu os estudos ginasiais. Vestiu o hábito capuchinho aos 24.12.1943, no conven­to Santo Antônio, em Butiatuba. Completou seus estudos filosóficos (1945-1947) e teológicos (1948-1951) no convento Nossa Senhora das Mer­cês em Curitiba. Emitiu a profissão perpétua aos 06.01.1948 nas mãos de frei Beda de Gavello. Após ter recebido as Ordens Menores, foi ordenado diácono aos 23.12.1950 na igre­ja Nossa Senhora das Mercês pelo Arcebispo Dom Manuel da Silveira D’Elboux, que também o ordenou sacerdote aos 19.5.1951           na Catedral Metropolitana de Curitiba. Aos 20.05.1951 celebrou sua primeira missa na igreja Nossa Senhora das Mercês, perto da qual viviam seus familiares.

- Terminada a teologia (1951), foi transferido para Santo Antônio da Platina-PR que, com o pároco frei Henrique de Treviso; atendeu a igreja matriz, o hospital e as capelas. Em 1952, ajudou em Jaguariaíva com atendimentos na igreja São Francisco, na cidade bai­xa, e capelas (1952).

Missionário - De 1953 a 1955, integrou a equipe missionária formada por ele, Frei André de Andradas e Frei José Colorindo Dal Pozzo, que tinha sede em Santo Antônio da Platina Pregou missões em Jandaia do Sul, Astorga, Arapongas, Campo Mourão, Mandaguaçu, Siqueira Campos, Cornélio Procópio, Igaraçu, Nova Esperança. Em sua vida missionária, impressionavam suas palavras fortes de chamado à mudança de vida e apostólica e demais atividades demonstrava caráter forte e não vacilava a enfrentar as situações mais adversas.

Capinzal- No início de 1955, atuou como vigário cooperado em Capinzal, atendendo as capelas. De 1962 a 1968 assumiu o cargo de pároco. Nesse perío­do, realizou estas principais obras: acabamento da igreja matriz, refazendo toda a cúpula porque a anterior, co­berta de zinco, deixava penetrar a chuva; construção do seminário Nossa Senhora dos Navegantes; capelas de San­ta Bárbara, Linha Bonita, Carmelinda, Barra do Pinhei­ro, Lindemberg, Alto Alegre, São Roque. Todas cons­truções em alvenaria.

Ecónomo provincial- Em 1968, foi nomeado ecó­nomo provincial com sede no convento Bom Jesus em Ponta Grossa-PR. Além do atendimento ordinário, nes­te período, foi construída a casa de praia em Itapoá-SC; comprado o prédio onde funciona o seminário de Céu Azul-PR; terminada a igreja Bom Jesus em Uvaranas (Ponta Grossa) feita a reforma do prédio de Butiatuba- PR e a reforma do telhado do seminário de Urai-PR; construção do seminário de Laurentino-SC; construção do teologado de Florianópolis-SC; compra de uma chá­cara em Siqueira Campos, que depois foi vendida. Deu muita atenção ao então laboratório que se formava no Seminário Santa Maria, em Irati-PR. Demonstrou es­pecial perspicácia em relação ao futuro.

Em Almirante Tamandaré trabalhou, de 1976 a 1987, sozinho atendendo a igreja matriz e as capelas. Nesse período coordenou as seguintes construções: casa paroquial; acabamento da igreja matriz; acaba­mento do salão de festas da igreja matriz; construção do Centro Social São Francisco de Assis no Loteamento Paraíso; salão de festas na capela de tranqueira; a igre­ja de Campo grande; o salão de festas em Morro Azul; remodelamento do salão de festas em Areias; salão de festas e pintura da igreja de Juruqui; pintura da igreja de Marmeleiro; salão de festas no Alto São Sebastião; igreja de Mato Dentro. Todas as construções em alvenaria.

Pastoral das exéquias - Desde 1988, dedicou-se à pastoral das exéquias nos cemitérios da região de San­ta Felicidade, até seu falecimento, ocorrido aos 04.05.2010. Nesse período: ajudou paróquias e capelas com missas, confissões. Fez celebrações para varia­dos grupos, por exemplo, Irmãs Franciscanas, tardes de formação em nossa Casa de Oração para leigos, Ordem Secular Franciscana, Escola do Piá, formatu­ras, bodas, bênçãos de casa, encomendações, cele­brações mensais em fábrica de Tranqueira-PR, e outras atividades inerentes ao ministério presbiteral.

Nas fraternidades desempenhou as atividades de vi­gário paroquial, missionário popular, pároco, reitor do se­minário de Capinzal, ecónomo provincial, superior local.

Após breve enfermidade, aos 85 anos de idade, Frei Lourenço faleceu em sua residência, às 14h30 do dia 4 de maio de 2010. À missa exequial, presidida por Frei Davi Nogueira Barbosa, Ministro Provincial, estavam pre­sentes familiares, parentes e amigos de Frei Lourenço e também freis que representaram as fraternidades de Butiatuba, Almirante Tamandaré, Curitiba com suas qua­tro fraternidades, Ponta Grossa, também com suas qua­tro fraternidades, Umuarama e Joinville. Em procissão, todos se encaminharam ao nosso cemitério, ao som de cantos e preces para o sepultamento deste nosso caro confrade.

Frei Paulo Hilarino Zandi

25/01/1934
12/05/1995

25.01.1934 - Cândido Motta/São Paulo
12.05.1995 - Guaratuba/Paraná

Frei Paulo Zandi (Hilarino de Cândido Motta) nasceu aos 25 de janeiro de 1934. Recebeu este nome em homenagem ao seu padroeiro, São Paulo Paulo Apóstolo. Era filho de Raul Zani e Maria Battistela.

Entrou para o seminário dos Freis Capuchinhos aos 13 de fevereiro de 1959, em Engenheiro Gutierrez, Paraná, tendo como diretor Frei Cristóvão Saretta de Capinzal. Recebeu o hábito capuchinho aos 14 de agosto de 1960 em Siqueira Campos, Paraná, tendo como mestre Frei Barnabé Ivo Tenani. Emitiu os votos temporários aos 15 de agosto de 1961 no mesmo lugar, e os perpétuos aos 23 de agosto de 1964, em Bandeirantes, Paraná, nas mãos de Frei Doroteu Coltri de Pádua.

Frei Paulo, como franciscano capuchinho, optou pela vida religiosa. Era um frei simples, fraterno, serviçal, popular, orante e amigo do povo.

Ao longo de seus trinta e três anos de vida consagrada atuou como cozinheiro, viticultor, esmoler, sacristão, catequista e agente de pastoral. Trabalhou no Seminário Santa Maria (1961-1964), Butiatuba (1965-1966; 1968; 1972), Siqueira Campos (1967), Ponta Grossa (no convento Bom Jesus; 1969-1971; 1974-1980), Curitiba (nas Mercês, 1994)), Laurentino (1990) e Itapoá(1994-1996), onde foi superior local e responsável pela Casa de Praia da Província.

Como esmoler da Província, Frei Paulo passava muitos meses fora de sua residência, a mandato dos superiores. Em toda a parte, ajudava as paróquias como agente de pastoral.

Ultimamente andava muito doente e se tratava no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, PR, residindo alternadamente, ora em Itapoá ora no convento das Mercês. No dia 12 de maio de 1995, estando em Itapoá, Santa Catarina, seu quadro de saúde agravou-se. Foi levado às pressas para a Santa Casa de Misericórdia de Guaratuba, vindo aí falecer, neste mesmo dia, às 19h25.

Frei Paulo Zandi foi velado na capela do convento de Butiatuba, Paraná, onde o Ministro provincial, Frei Atílio Galvan, presidiu a missa de corpo presente, s 16h do dia 13 de maio, com a participação de grande número de freis e também os familiares de Frei Paulo que conseguiram chegar a tempo para o funeral.

Aos 29.05.1996, através da lei 132/96, a Prefeitura de Itapoá homenageou-lhe dando o seu nome a uma das ruas daquela cidade: Rua Frei Paulo Zandi.

Seus restos mortais repousam no cemitério dos capuchinhos, em Butiatuba, Paraná.

Frei José Colorindo Dal Pozzo

01/01/1924
17/05/2013

* 01.01.1924 – Sananduva/RS

† 17.05.2013 – Butiatuba/PR

Primeiros anos - Frei José nasceu em Sananduva-RS a 01.01.1924, filho de Paulo Dal Pozzo e de Adelina Frank. Na igreja São João Batista daquela cidade foi batizado por Frei Lourenço de Vacaria aos 25.02.1024. Com os pais mudou para Coração-SC, na Diocese de Lages, onde foi crismado pelo bispo Dom frei Daniel Hostin, OFM, em 1935. Recebeu a primeira comunhão em Irani-SC, em 1935.

Seminário e noviciado - Terminados os estudos primários, aos 30.04.1939, ingressou em nosso Seminário Santo Antônio, em Butiatuba, município de Almirante Tamandaré-PR, onde cursou o ginásio, tendo como diretores Frei Damião Girardi, Frei Santes de Povigliano e Frei Gaspar de Fellette.

Na fraternidade de Butiatuba iniciou o ano de noviciado aos 24.12.1943, recebendo o nome de Frei José de Sananduva. Seu mestre foi Frei Henrique de Treviso e o superior dos capuchinhos era Frei Barnabé Ivo Tenani. No dia de Natal de 1944, emitiu sua primeira profissão nas mãos do superior da Custódia, Frei Barnabé.

Estudos - Frei José cursou filosofia e teologia no convento Nossa Senhora das Mercês, em Curitiba-PR, de 1945 a 1951, tendo como diretores Frei Patrício Kódermaz, Frei Guilherme de Magredis e Frei Lúcio de Ásolo.

Ordens menores e maiores - Durante seus estudos, Frei José recebeu as Ordens Menores (Leitorado, 14.11.1948; Acolitado, 06.02.1949) por Dom Ático Eusébio da Rocha, arcebispo de Curitiba; o Diaconato aos 03.09.1950 por Dom frei Inácio Dal Monte, Capuchinho, bispo auxiliar de Joinville, na igreja Imaculado Coração de Maria, em Curitiba-PR e o presbiterado aos 22.10.1950 em Curitiba, na igreja Nossa Senhora das Mercês, por Dom Pio de Freitas, bispo de Joinville-SC. Rezou sua primeira missa solene a 1.1.1951, em Serro Agudo-SC, Diocese de Lages.

Ministério pastoral - Desempenhou seu ministério religioso e sacerdotal nos seguintes lugares: Barra Fria, atual Lacerdópolis-SC (1952), Santo Antônio da Platina-PR (1953- 1955); Ponta Grossa (1955-1974), Brasília (1974-1987), Curi­tiba, Mercês (1987- 1996); Cruzeiro do Oeste-PR (1996- 2006), Curitiba, Mer­cês (2007 até o faleci­mento (+17.5.2013).

Nesses lugares tra­balhou como professor, vigário paro­quial, missionário popular, capelão mili­tar, capelão do Hos­pital Nossa Senhora das Gra­ças em Curitiba e con­fessor na igreja Nossa Senhora das Mercês.

Capelania militar- Segundo documento do Ministério do Exército, assinado aos 13 de outubro de 1988 e registrado no livro de registro de apostilas, n° 279, folha 293, nosso frei José Dal Pozzo trabalhou 36 anos e 16 dias na função de capelão do Exército. No decorrer destes anos, foram várias as apreciações de seus superiores militares que valorizaram seu ministério pastoral junto aos soldados e demais repartições do Exército.

Inicialmente, frei José, como capelão militar, viajou toda a região de Ponta Grossa até Foz do Iguaçu-PR, visitando grupos de militares. Viajava de jipe e em pequenos e perigosos aviões. Foi uma vida muito sacrificada e elogiada pelos seus superiores militares.

Nos boletins das repartições militares publicaram muitos elogios sobre qualidades espirituais e sacerdotais de nosso frei José. Aqui, apenas algumas:

- "Bondade... Sacerdote virtuosíssimo, de irradiante simpatia, tornou-se um verdadeiro amigo de todos os Comandantes e comandados...

-     Religioso dos mais humildes, presta inestimável serviço... credor de francos elogios...

-                    Realiza viagens cansativas, sem medir sacrifícios para levar às Guarnições longínquas o bem-estar espiritual e moral, ... a ajuda leal, franca, honesta e patriótica cooperação prestada...

-                    Militar eficiente no desempenho de suas funções... colaboração espontânea e eficiente... auxiliar dedicado, eficiente e primoroso... piedoso, compreensivo e paciente... auxiliar prestimoso, eficiente e de extrema dedicação...

-                    Profícua e laboriosa assistência religiosa às Unidades da Guarnição... profundamente devotado ao sacerdócio, excelente colaborador...

-     Prestou assistência religiosa aos militares das Guarnições, prestou assistência religiosa aos militares das Guarnições de Foz do Iguaçu, Guaíra, Francisco Beltrão, Palmas, Guarapuava, Castro, Apucarana, Ponta Grossa e Porto União...

-Ação grandiosa na formação moral dos nossos Sol­dados... todas as Guarnições do Estado do Paraná, habi­tuaram-se com a presença daquele jovem entusias­mado, convicto e bondoso que, nas suas visitas, trazia palavras de conforto e apoio...

-     Sua palavra confortadora, sua bondade, sua humildade, conquistaram a amizade e admiração de todos. Solícito, educado, paciente e extremamente atencioso, deixou no CMP marcas profundas do seu trabalho...

-Todos aqueles que necessitavam de algum tipo de apoio, batiam a sua porta sabendo que poderiam encontrar ali uma palavra amiga... sentiremos saudades do amigo, companheiro e confidente frei José.

Reconhecimentos

-     Entronizou um crucifixo exposto no Gabinete do Comandante da Infantaria Divisionária/5;

-     Recebeu estas medalhas: Medalha de Bronze (14.01.1972), Medalha de Prata (17.07.1978), Medalha de Pacificador (20.08.1980), Medalha de Ouro (23.08.1985).

-     O Presidente da República promoveu, aos 10 de novembro de 1972, POR MERECIMENTO ao posto de Tenente-Coronel, o major Colorindo Antônio Dal Pozzo.

Falecimento e enterro - Frei José estava rela­tivamente bem, não obstante sua longa idade. Começou a sentir algumas indisposições e foi levado ao Hospital Nossa Senhora das Graças. Mas antes, pediu a presença de seus familiares, que logo chegaram às Mercês. Após 37 dias de internamento no Hospital Nossa Senhora das Graças, Curitiba-PR, Frei José faleceu na UTI do mesmo hospital a zero hora do dia 17 de maio de 2013. Seu corpo foi velado na capela do convento em Butiatuba com a presença dos parentes, principalmente, os de Guarapuava-PR. Representantes de nossas fraternidades mais perto também vieram e todos os noviços de Joinville-SC. Às 16h do mesmo dia 17.05.2013, iniciou- se a missa exequial, presidida pelo Ministro Provincial (Frei Cláudio Sérgio de Abreu), ladeado por diversos freis sacerdotes. Após a homilia o presidente da celebração abriu espaço para testemunhos dos presentes, tanto freis como leigos e familiares. Foram lembrados fatos da vida de Frei José, maneiras de ser e de comportamento fraterno, exemplos de vida. Os familiares agradeceram a hospedagem recebida e elogiaram as atenções que os freis dispensaram a Frei José. Terminada a missa e após a encomendação, presidida pelo Ministro Provincial, iniciou-se a procissão da capela até o cemitério. Após as orações rituais, o corpo de Frei José Colorindo Dal Pozzo desceu ao túmulo, ao som do belo e nostálgico canto mariano “Com minha Mãe estarei...”.

Contava 89 anos de idade, 68 de vida religiosa e 62 de sacerdócio.

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