Frei Germano Barison
16.05.1918 - Lion
03.01.1996 - Maróstica
Frei Germano nasceu aos 16 de maio de 1918 em Lion (diocese de Pádua, Itália, Província de Veneza, filho de Jacinto Barison e Judite Pettenello. Foi batizado no mesmo dia e recebeu o nome de Guerrino para lembrar a segunda guerra mundial que já tinha começado. Em 1930 entrou no seminário diocesano de Thiene.
Logo compreendeu que aquela não era a sua vida. Com recomendação do diretor, apresentou-se ao seminário dos capuchinhos em Verona, onde foi aceito. Vestiu o hábito aos 22 de agosto de 1935, emitindo a profissão temporária aos 23 de agosto de 1936 na casa de noviciado em Bassano del Grappa. No início do curso de teologia professou solenemente 14 de julho de 1940 na fraternidade de dine. Após ter recebido as ordens menores, foi ordenado sacerdote aos 28 de junho de 1942 na igreja do Santíssimo Redentor, pelo bispo auxiliar de Veneza, Dom João Jeremich. Faleceu aos 03 de janeiro de 1996 em Maróstica (Vicenza, Itália), sendo sepultado aos 5 de janeiro de 1996, no cemitério de Lion de Albignasego (Pádua). Jovem sacerdote, exercitou seu ministério em Conegliano Vêneto, onde por dois anos foi superior da fraternidade local (1945-1947).
Aos 23 de outubro de 1947 partiu para o Brasil com navio Campana do porto de Gênova. Com os outros cinco frades missionários, chegou em Curitiba aos 12 de novembro. Nesse novo campo de apostolado procurou realizar sua vocação missionária à qual aspirava ainda quando jovem. Passados poucos meses em Capinzal (1948), foi-lhe confiado o encargo de mestre dos noviços em Butiatuba (1948-1953) e em Barra Fria (1954). Conseguiu cinzelar nos jovens nosso carisma franciscano, comunicando-lhes a sua riqueza interior. Em seguida, dedicou-se ao apostolado em Congonhinhas onde construiu a matriz e três capelas (1955-1958), em Cruzeiro do Oeste (1958), em Bandeirantes onde comprou os sinos e o relógio da torre (1960-1965), em Irati onde construiu o pavilhão de festas e pintou a igreja (1965-1966), em S. Antônio da Platina (1966-1967), em Ponta Grossa na paróquia da Imaculada Conceição (1967-1973). Trabalhou incansavelmente e sua ação tornou-se uma emanação da própria vida interior e da contemplação. Aos 31 de dezembro de 1959, incardinou-se na Custódia do Paraná e Santa Catarina. Somente aos 30 de julho de 1985 escrevia ao Ministro provincial dizendo que "pensei que é melhor para mim regressar à Itália".
Entre seus irmãos do Paraná e Santa Catarina deixou a indelével imagem de um homem de Deus, capuchinho autêntico, pobre, de oração, exemplo de vida comunitária, obediente, simples, silencioso e observante. A sua presença serena e fraterna permanece como precioso testemunho para a jovem e promissora Província do Paraná e Santa Catarina. Estes foram os pensamentos do Ministro provincial Frei João Dom Lovato enviados (16.04.1986) enviados ao Ministro provincial de Veneza. Nessa mesma data, depois de quase 40 anos de vida missionária, Frei Germano regressou definitivamente à sua Província-mãe de Veneza, Itália. Na Província de Veneza dedicou-se ao ministério da confissão. Primeiramente em Mestre e, de 1987, em Bassano del Grappa, onde, para muitas pessoas sedentas de Cristo, tornou-se um ponto de referência espiritual. Nesse mesmo ano foi nomeado vigário da fraternidade e o Ministro provincial lhe escrevia dizendo que continuasse a ser "uma referência espiritual clara e essencial para as pessoas necessitadas". Apesar de algumas dificuldades físicas, permaneceu em posto de trabalho até os primeiros dias de novembro de 1995 quando, atingido por uma paralisia, teve que ser hospitalizado.
A situação piorou rapidamente. Dois meses antes de seu falecimento, foi hospitalizado por causa de uma paralisia incompleta. Quando se restabeleceu em parte foi transferido para outro hospital, especializado em fisioterapia. Entre altos e baixos, a situação piorou e, nas primeiras horas de 3 janeiro de 1996, adormeceu no Senhor no hospital de Maróstica. Aos 5 de janeiro de 1996, após os funerais celebrados na igreja de nosso convento em Bassano del Grappa, foi sepultado no cemitério de Lion, ao lado de seu irmão frei Pedro, também sacerdote capuchinho da Província de Veneza.