Frei Jaime Luiz Stolf
19.06.1942 - Salete/Santa Catarina
28.11.1974 - Rebouças/Paraná
Nasceu aos 19 de junho de 1942, em São Luís, município de Salete, Santa Catarina, diocese de Rio do Sul. Desde pequeno resolveu ser padre. Com 10 anos entrou no seminário, cursando o quarto ano primário. Aos 10 de fevereiro de 1960, concluído o curso ginasial, iniciou o noviciado em Siqueira Campos, tendo como mestre Frei Barnabé Ivo Tenani. Assumiu com muita calma e serenidade a experiência. Com generosidade fez a profissão temporária aos 11 de fevereiro de 1961. Nos estudos de filosofia e teologia seu espírito se aprimorava e crescia vivendo com muito empenho sua consagração.
Além de seu empenho no estudo e dedicação na oração, gostava muito de esporte. Vibrava com um joguinho de futebol, liderava os companheiros para um passeio ou qualquer lazer.
Vencido o tempo dos votos temporários consagrou-se para sempre ao serviço do Senhor em Curitiba, aos 15 de fevereiro de 1964. Preparado e feliz, recebeu a ordenação sacerdotal pelas mãos de Dom Manuel da Silveira D'Elboux, Arcebispo de Curitiba, em nossa igreja de Nossa Senhora das Mercês.
Iniciou sua vida pastoral visitando e evangelizando as comunidades das capelas de Reserva (1967) e da paroquia de Rio Branco do Sul (1968-1969). Pelos seus dotes, foi enviado à paróquia de Irati (1970-1973). Assumiu a coordenação da catequese e a orientação dos jovens. O interesse e visão ampla da catequese, procurando torná-la atual e eficiente, manifestavase no esforço em formar as catequistas, oferecendo-lhes o que havia de melhor como: cursos em outros centros e paróquias, material especializado, contato e troca de experiências com outras comunidades. Deixou excelente trabalho de catequese, não concluído, porque a morte prematura não Iho permitiu.
Com os jovens fez um trabalho admirável. Era um jovem entre os jovens. Jovem de idade, mas acima de tudo, de espírito e de mentalidade. Sabia fazer-se um deles, por isso agradava e conquistava a todos. Sua presença simples, alegre e comunicativa, sempre foi um dos seus principais recursos apostólicos. Mais do que idéias brilhantes, distinguia-se pela sua simpatia e disponibilidade. Os jovens o admiravam e estimavam muito. Deixou marcas indeléveis e recordações inesquecíveis entre os jovens de Irati.
Gostava de uma caçada ou pescaria. Eram momentos importantes de distração e também boa ocasião para fazer mais amigos. Numa destas ocasiões aconteceu o trágico acidente que Ihe tirou a vida, na madrugada de 28 de novembro de 1974, aos 32 anos de idade com apenas sete anos de sacerdócio. O desastre ocorreu junto à ponte do rio Potinga, nas proximidades de Rebouças, Paraná, quando viajava com os freis Jorge Tessaro e Adelino Frigo e mais dois amigos. O veículo caiu no rio. Quando foi retirado da água, o corpo de Frei Jaime se encontrava inerme e aninhado entre o câmbio e a embreagem do carro.
A luz da fé, uma vida vivida em plenitude, um plano perfeitamente acabado, uma existência coroada, uma caminhada que atingiu sua meta final. Em breve tempo se realizou, foi feliz, deixou um rastro de bons exemplos e ações. A Prefeitura Municapal de Irati homenageou-lhe com um logradouro: Travessa Frei Jaime Stolf.
Foi sepultado no cemitério de Irati. Contudo, por desejo dos pais, aos 11.02.1979 foi transladado para Rodeio 50, Santa Catarina.