Janela
Pela janela de nossa casa vemos:
Bem perto, uma horta com verduras,
lindos canteiros cheios de alface e
também o parreiral com uvas maduras.
Na parte de cima da horta vemos:
Laranjeiras, limeiras, pés de mamão,
pés de maçãs e de pêssego maduro.
E muitas aves entoando sua canção.
Esticando os olhos vemos além da horta,
árvores centenárias e lugar para aí estar.
É conservado chão limpo, bom para andar.
Também colocados bancos para sentar.
Pela janela contemplamos o céu azul
e as nuvens se formando para chover.
Lindas matas compõem paisagens e
nelas cai chuva e a janela nos deixa ver.
Pela janela entra ar puro, perfume das flores.
A terra é virgem, o grão colhido é abundante.
O trigo, o milho, o feijão e o arroz enchem
o paiol para consolo e alegria do habitante.
Da mata vem água limpa e cristalina.
Abastece a casa e animais do potreiro.
Os suínos do chiqueiro são bem lavados
pois a água corre pelo meio o dia inteiro.
Da janela da casa tudo é controlado.
Por ela respira-se ar puro sem poluição.
Pouco mantimento é preciso comprar.
A saúde mora nas matas deste sertão.
Oh que saudade daquele tempo seguro!
Em que se vivia de portas abertas.
O povo era sereno, amigo e tranquilo.
Não havia gatuno nem ameaças certas.