Contando com a paterna e honrosa presença do então Ministro Geral, Frei Flávio Roberto Carraro e de Frei José Carlos Pedroso, Definidor Geral para a América Latina, além de autoridades eclesiásticas e civis, da maioria dos confrades e de inúmeros fiéis, foi ereta, na manhã de 29 de junho de 1983, a novel Província, sob o orago de Nossa Senhora da Penha, na basílica do mesmo nome, festivamente adornada para o momento. Solene concelebração eucarística, sob a presidência de Dom Helder Câmara, contando inclusive com a honrosa presença de quatro bispos da região e de quase uma centena de sacerdotes, coroou o magno evento. Em dias aproximados foram criadas também as províncias da Bahia e Sergipe do Ceará e Piauí.
Ao longo desses 30 anos, sob a direção sucessiva dos seus sete provinciais: Frei José Soares, Frei Francisco Barreto, Frei Luis Vieira (re-eleito), Frei Luis Gonzaga Silva Pepeu (re-eleito, e hoje arcebispo), Frei Magnus Henrique (re-eleito e hoje bispo), Frei Franklin Diniz e Frei Francisco Barreto (atual provincial) entre luzes e sombras, tem ela continuado a sua caminhada, em busca da sua afirmação como instituição religiosa nestas sofridas plagas nordestinas que abrange os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
Contando com seis conventos e seis residências;cinquenta e sete sacerdotes, onze irmãos leigos, dezoito pós-noviços, quatro noviços e onze postulantes, além de dezenas de vocacionados, o que não significa muito ante a nossa vastidão territorial, mas é um tanto quanto promissor, somos o prolongamento de uma paixão missionário-franciscana. Quando da nossa maioridade tutelada (1966), contávamos com vinte sacerdotes, quatro irmãos não-clérigos e onze estudantes. Contamos com o sopro animador e santificador do Espírito Santo de Deus, para que haja sempre mais firmeza e maturidade da parte daqueles que já se definiram e generosidade da parte daqueles que estão a caminho.
Ao longo desses quase quarenta anos (1966-1983), tivemos a grande honra e a grata satisfação de recebermos 07 visitas de nossos ministros gerais: Frei Clementino de Vlissingen (1969); Frei Pascoal Riwalski (1971); Frei Flávio Roberto Carraro (1983 e 1991); Frei John Carriveau (1995; 1999 e 2001); Frei Mauro Jöhri (2001 até dias atuais).
Conclusão – Essa é, em rápidos bosquejos, a apresentação da atividade missionária capuchinha em o nosso querido e sofrido nordeste. Presença essa que se processou mediante várias etapas jurídicas, até atingir a maioridade. De certo, o fruto opimo da atuação e do empenho apostólicos dos capuchinhos franceses e, sobretudo italianos que palmilharam nossas terras é sem dúvida, a novel Província de Nossa Senhora da Penha do Nordeste do Brasil. Teve ela sua gênesis no denodo e na paixão de todos esses nossos infatigáveis confrades que, a partir dos distantes idos do século XVII, não regatearam esforços para que a Ordem Capuchinha se implantasse, de um modo estável, em nossas plagas. Lançando um olhar retrospectivo para esses vinte anos de caminhada, na qualidade de Província, só nos resta, humilde e decididamente dizer: “Irmãos, vamos recomeçar, vamos recomeçar a servir ao Senhor...”