Era o dia 17 de abril de 1973. A cidade de Frutal (MG) estava reunida diante da Santa Casa de Misericórdia São Francisco de Assis, acompanhando os últimos passos daquele homem que, há 37 anos no Brasil, havia de desdobrado no cuidado de tantos e na construção de tantas obras sociais e religiosas. “Irmão de todos”, como foi chamado, morreu rodeado pelos médicos do hospital que ele mesmo construíra, ladeado por quem viera de perto e de longe para saudá-lo, chorado pelos pequenos e pelos pobres, aqueles a quem mais amara e a quem mais servira. Desde então, o nome de Frei Gabriel de Frazzanò seria sempre lembrado, em Frutal e em tantos lugares por onde passam os capuchinhos mineiros, como uma inspiração à doação da vida pelo Evangelho de Jesus, estampado sobretudo no serviço aos empobrecidos e na acolhida de quem quer que seja.
Neste ano, os Capuchinhos de Minas Gerais decidiram celebrar com solenidade a memória de Frei Gabriel de Frazzanò. Nos dias 14, 15, 16 e 17 de abril, em todas as Fraternidades, os frades se lembraram dele com carinho, retomando trechos da hagiografia escrita por Frei Francisco Maria de Uberaba, e rezando para que a memória e o testemunho de Frei Gabriel continuem vivo e eficaz entre nós.
Hoje, o frade italiano é patrono do Instituto Social Frei Gabriel, mantido pelos capuchinhos para as ações sociais, em todo o estado. Desde 2019, as ações do Instituto têm sido retomadas e incrementadas e, em breve, espera-se estendê-las a todos os lugares onde atuam os capuchinhos, em Minas. Também a Fraternidade de Almenara carrega do nome de Frei Gabriel de Frazzanò, como apelo missionário e pastoral no cuidado daquela paróquia tão grande e desafiadora.
Após os primeiros contatos com a Postulação Geral da Ordem e com a Arquidiocese de Uberaba, é desejo dos frades – fazendo eco ao desejo de tantas pessoas – iniciar o processo de beatificação de Frei Gabriel. Se você o conheceu ou tem dele uma bonita história em suas memórias de família, escreva aos capuchinhos e conte-nos: [email protected]. E se você ainda não o conhece, pode encontrar um pouco de sua história clicando aqui.
Fonte: Capuchinhos do Brasil /CCB
Por Frei Douglas Leandro de Oliveira (Cúria MG)