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15/08/2024

Bem-aventurado Cláudio Granzotto

Religioso da Primeira Ordem (1900-1947). Beatificado por João Paulo II no dia 18 de setembro de 1994.

 

Claudio Granzotto (Ricardo no batismo) nasceu em S. Lucia di Piave (Treviso) em 23 de agosto de 1900, filho de Antônio Granzotto e Joana Scotta. Até 17 anos era um pedreiro, em seguida, durante três anos, foi militar, depois, por 7 anos, estudante na Academia de Belas Artes de Veneza, onde se especializou em escultura. Desde 1939, ao se tornar um franciscano, viveu nos conventos do Veneto. Ele morreu de um tumor cerebral na manhã da Assunção de 1947, no hospital de Pádua. Seu corpo repousa em Chiampo (Vicenza), ao lado da Gruta da Imaculada construída por ele.

Quando brilhava em sua mente uma ideia elevada, nunca a deixava, agarrava-a e já a transformava em mármore. Aos 22 anos, levado por um instinto profundo, teve a coragem de se aprofundar na arte. Abandonou seus instrumentos de pedreiro e se matriculou na Academia de Belas Artes de Veneza, deixando de lado qualquer inclinação juvenil. Dedicou-se ao estudo durante sete anos até que em 1929 recebeu o diploma de escultor com qualificação máxima. Tornou-se um escultor conhecido e ganhou muitos prêmios, ajudando com seus ganhos os mais necessitados.

Da mesma forma se comprometeu no campo da fé. A Ação Católica foi o primeiro terreno fértil: o incentivou várias iniciativas, como a comunhão frequente, a leitura de bons jornais, adoração noturna, várias formas de penitência, dormindo em terra e, finalmente, o voto privado de castidade.

Assim, arte e virtude, ótimas irmãs, empreenderam juntas o caminho para realizar uma obra-prima. Aos 33 anos, em pleno vigor físico, gozando de fama, dinheiro, fortuna e amor terreno, tomou uma decisão: ingressou no convento de São Francisco do Deserto (Veneza). E ele se tornou um artista diáfano e um religioso de sua vocação.

A arte sagrada se tornou para ele um meio de ação com todo o valor religioso de um apostolado espiritual. Construiu quatro Grutas de Lourdes, altares belos, anjos em adoração, santos em êxtase.

Como um frade, de acordo com seu espírito corajoso de humildade, renunciou ao acesso proposto para o sacerdócio. Ele escolheu os ofícios humildes e escondidos, exercitou-se em fervorosas orações e penitências, dando especial atenção aos pobres e necessitados, especialmente durante a guerra. Passou para a eternidade na aurora da Festa da Assunção de 1947.

 

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.