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11/09/2024

Bem-aventurado Boaventura de Barcelona

Religioso da Primeira Ordem (1620-1684). Beatificado por São Pio X no dia 10 de junho de 1906.

 

Boaventura de Barcelona nasceu em Ruidorms, ​​Tarragona, Espanha, no dia 24 de novembro de 1620 em uma família humilde, mas profundamente religiosa. Devido à falta de condições, teve de largar os estudos pelo trabalho nos campos e cuidar do rebanho. Aos 18 anos, seu pai queria que ele se casasse, apesar de ter decidido abraçar o estado religioso. Os dois cônjuges, de comum acordo, viveram como irmão e irmã. Após 16 meses de casamento, faleceu a mulher no dia 14 julho de 1640 e ele tomou o hábito dos Frades Menores no convento de Escornalbou. Um ano depois, emitiu a profissão; por 17 anos viveu em várias casas na Catalunha, onde ocupou os cargos de cozinheiro, porteiro e esmoleiro.

Em 1658, ele foi para a Itália. Ele visitou os santuários de Loreto e Assis, e estando em oração em São Damião, sentiu que se repetia o mandato já recebido na Espanha, para ir a Roma realizar uma reforma da Ordem Franciscana. No convento generalício de Araceli passou os primeiros dois meses, depois foi transferido para outros conventos da Lazio.

A verdadeira missão de Frei Boaventura foi a de fundar conventos na Província Romana. Para este fim, escreveu pessoalmente ao Papa Alexandre VII, a quem foi recebido em audiência por diversas vezes. Em 1662 erigiu os conventos de Ponticelli, de Montorio Romano, de Vicovaro e São Boaventura no Palatino de Roma. Estes conventos foram erigidos, em 1845, em custôdia autônoma. Boaventura teve que superar grandes dificuldades para realizar seu sonho. Sendo religioso não clérigo foi várias vezes superior dos conventos de Ponticelli e de São Boaventura no Palatino. Para estas casas compilou estatutos que tiveram aprovação papal. Alexandre VII, Clemente IX, Clemente X e Inocêncio XI honraram com a sua amizade.

Ele era conhecido por sua extraordinária caridade para com os pobres, pela humildade e pobreza mais austera. Tinha os dons especiais da contemplação e êxtase. Em seus escritos destaca a espiritualidade de caráter prático. Realizou muitos milagres em vida e após a morte. Ele morreu em Roma no dia 11 de setembro de 1684, aos 64 anos.

 

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.