A presença dos Capuchinhos no Amazonas e Roraima se entrelaça com a história da Igreja na sua ação missionária no início do século XX. Portanto, desde 1909, quando a Província da Seráfica da Úmbria, na Itália, assumiu esta região, os capuchinhos se dispuseram a testemunhar o Reino de Deus dentro desta realidade específica.
O Espírito de Deus está nos conduzindo, e nós, hoje, respondemos ao seu apelo doando da nossa pobreza: começamos um novo Centenário de História ampliando a nossa Fraternidade e Missão!
Por isso, desde o dia 25 de Março de 2010, por Decreto do Ministro Geral Frei Mauro Jöhri, nós nos tornamos a Vice-Província dos Frades Menores Capuchinhos do Amazonas e Roraima. E com Decreto do Ministro Geral para adequar as Circunscrições da Ordem às novas Constituições, promulgadas em 8 de dezembro de 2013, assumimos a denominação de Custódia dos Frades Menores Capuchinhos do Amazonas e Roraima, permanecendo vinculada à Província Seráfica dos Capuchinhos da Úmbria.
O nosso enfoque não quer ser um ingênuo contemplar dos fatos, mas saborear a beleza com que os frades assumiram a vocação missionária, traduzindo em realidade aquilo que era somente palavra e sonhos. Por isso, o momento não quer ser uma crítica ao modo como assumiram a missão, mas como a realidade da missão fez com que os frades assumissem um jeito próprio de articular fé e vida.
A presença dos quatro primeiros missionários, Frei Hermenegildo de Foligno, Frei Agatângelo de Espoleto, Frei Domingos de Gualdo Tadino e Frei Martinho de Ceglie Messàpico, é expressão viva desta história que, depois de 100 anos, possibilita-nos um maior ardor e entusiasmo no testemunho de nossa vocação capuchinha. A região específica de ação foi o Alto Solimões que, pelo Decreto do Concistório de 23 de maio de 1910, a Santa Sé cria a Prefeitura Apostólica do Alto Solimões, desligando-a da Diocese de Manaus e confiando-a à Província dos Capuchinhos da Úmbria, nomeando Fr. Agatângelo de Espoleto como Prefeito Apostólico que, doente de febre amarela, morre quando se preparava o decreto de nomeação. Depois desse fato, vem então nomeado Fr. Evangelista de Cefalônia, que chega ao Amazonas, em 14 de janeiro de 1911. A partir de então, esta presença se consolida em um compromisso constante de fé e vida dentro da história do povo.
Houve mortes trágicas, e nós ficamos; houve mortes novas e nós crescemos… hoje, passados mais de 100 anos, podemos dizer que o testemunho dado pelos frades ao longo dos tempos foi semente para o surgimento de novas vocações. O futuro nos aponta para novas estradas, outros rios, mas o mesmo vigor deve continuar; a mesma ousadia deve permanecer. Tantos jovens querem seguir esta mesma vocação missionária. Que Deus abençoe e nos confirme no compromisso!